O dia em que o nosso Pantera Negra ascende ao quarto anel, para desejavelmente iluminar o panteão de Cosme Damião, José Águas e de tantos outros que continuam a ver o Glorioso aqui em baixo.... Tantos outros não, o King era diferente, era único e não era só nosso, era de Todos!
Ontem muitos daqueles que como eu o viram jogar em documentários, vídeos, recordações, memórias, palavras de mais velhos não sentiram menos tristeza do que o seniores que o viram jogar em televisões comunitárias ou os miúdos que o viam com a toalhinha branca a andar tropego no relvado. Eusébio foi uma luz de esperança numa juventude com futuro sombrio, foi um símbolo de superação e talento numa nação e uma prova de humildade quase constrangedora na simplicidade nobre que só os maiores têm.
Um dia a minha mãe perguntou-me aquando das suas saídas do Hospital da Luz como achava que iria ser quando DEusébio finasse, eu disse-lhe que no dia seguinte devia ser feriado nacional... ontem foi a primeira pergunta que me fez, se hoje seria feriado e encheu-me de alegria pela sua recordação.
Eu disse-lhe que sim, que deveria, que noutros países até é, e que aqui será sem dúvida um dia mais triste e de luto. Mas também de alegria igual ao sorriso genuíno, à humildade transbordante do homem que guardava dos adversários amigos e que de quando em vez há-de descer até nós para nos recordar que o Benfica ainda existe.
Descansa em paz!
P.S. Quando chegares lá acima, grande Deusébio, procura o feiticeiro hungaro e diz-lhe das boas para ver se o gajo levanta a maldição.
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