domingo, 5 de janeiro de 2014

O Rei morreu. Viva o Rei

A escolha da imagem para o fundo desta página retrata bem o que povoa o imaginário de qualquer benfiquista. Quando decidi escrever este blogue não perdi muito tempo a pensar o que ilustraria o fundo deste modesto canto de escribas benfiquistas.

Eusébio morreu hoje. A imagem fica para sempre em todos nós.

O meu pai, velho comunista empedernido e revolucionário de todas as causas operárias, nunca foi grande fã de bola, pelo menos como se entende muitas vezes o que é um pai benfiquista.

Ligou-me hoje a perguntar se estava a caminho do estádio da Luz prestar homenagem ao Rei, e com a voz embargada, de uma forma que me surpreendeu, disse-me apenas.

"Estou profundamente triste, foi um símbolo da minha juventude..."

Foi um símbolo de todos nós.
  
Todos morrem um dia, Eusébio não foi excepção. Nunca o vi jogar. Quando aprendi a dizer Benfica já o Eusébio arrastava as últimas forças da vontade de jogar à bola pelo União de Tomar. Mas aquela imagem que todos conhecemos do Eusébio a dobrar o corpo ao longo da perna que acabou de disparar uma bala direto à baliza foi o que sempre me contou a história do que é rematar para golo. E o futebol é marcar golos, é rematar à baliza.

O Eusébio ensinou a todos o que é rematar uma bola.

O corpo deixa esta terra amanhã.

O Rei viverá para sempre.


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