segunda-feira, 18 de março de 2013

Um fim de semana bem vermelho

Depois de uma sexta feira até altas horas da noite a acompanhar memórias de benfiquismo bem regadas a conhaque e bourbon, (apresento aqui as minhas formais desculpas aos mais empedernidos benfiquistas de bigode à Chalana por não ter sido bagaço) fiquei bem embalado (e proporcionalmente enjoado) para acompanhar o fecho do tal ciclo infernal que se anunciava há muito às duas equipas líderes do campeonato. 11 jogos em 5 semanas não é para todos.

Depois de sortes distintas na Europa, Benfica e Porto teriam que responder em concordância. O clube da bola do Porto acabara de perder o argumento mesquinho de ser a única equipa portuguesa na Champions, ilustrado naquela resposta de merda que deu a Jesus quando o treinador do Benfica bem observou que na altura era a única equipa que lutava em todas as frentes. Após as eliminações do Benfica da Taça da Liga e do Porto da Champions as atenções iam todas para o campeonato. Quem melhor responderia à carga de jogos?

Este Domingo teve a resposta esperada e mostrou duas coisas: O Vítor Pereira não sabe o que anda a fazer e o Porto sem Moutinho é um bluff. Para ajudar à festa, o Jackson, "claramente o melhor avançado deste campeonato" falha um penalti que custou dois pontos.

Pergunto-vos. De que serve um avançado que se farta de marcar golos mas que não marca os decisivos? Tomem lá o Cardozo. Dois golos em Bordéus a dar os "cártes" e mais um penalti a abrir uma vitória larga que deu mais dois pontos no campeonato.

Esta é a diferença. Quando um campeonato se discute matematicamente é importante que as parcelas dessa matemática tenham uma soma evidente. Jackson farta-se de marcar... quando não é preciso. Cardozo não marca tanto, mas quando marca, soma pontos e vitórias.  Como dizia o outro, é só fazer as contas.

O Benfica, jogue quem jogar, responde na altura certa. Ir a Bordéus com dois centrais da equipa B para meter a "carne toda no assador" no campeonato (Jesus safa-se melhor a fazer citações do Quinito do que do Pascal) demonstra uma equipa que sabe as armas que tem, onde as pode e deve utilizar e o que quer fazer e sobretudo com a confiança necessária para que tudo saia bem feito

Estamos cada vez mais próximos da matemática mais importantes de todas. Só faltam 5 jornadas para sermos campeões (não 7, porque daqui a 6 jornadas vai-se ao Dragão e no Dragão queremos ir lá receber um banho dos aspersores do relvado)

P.S. Este domingo fui ao Caixa Futebol Campus ver os Júniores jogar com o Guimarães. Não propriamente de propósito mas porque no desenjoo do almoço, passear pela marginal do Seixal tem algo de tranquilizador.. Nestes jogos dos putos ainda se consegue em alguns momentos aquilo que devia ser uma tarde de futebol. Jogo às três da tarde, famílias, convívio, um ou dois canecos e insultar o árbitro só para alívio das tensões. Bancadas compostas e ambiente de festa. Em oposição ao clima de combate que cada vez se sente mais nos estádios de futebol.  E há certos jogos mesmo de júniors em que essa infeção já se começa a alastrar. Felizmente não foi o caso deste domingo. Mas temos que isso se perca para sempre

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