segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Verdade de Trapattoni

O Benfica vai a Braga ganhar por 2-1 com uma equipa a seguir uma filosofia completamente diferente a que nos habituou Jesus. O Benfica de tração à frente foi substituido por um Benfica de contenção e transições defesa ataque como não se via desde que fomos campeões com a velha Raposa.

Dois médios defensivos, três médios de ataque (com o Gaitan no seu lugar natural) e um ponta de lança móvel. Esta foi a filosofia d'Il Trap. Um Benfica realista, com vitórias arrancadas a ferros numa equipa que preenche o meio campo, manieta o adversário e joga no erro. Não é tão bonito quanto o futebol ofensivo que usa alas e laterais subidos para os dois pontas de lança a que jesus nos habituou mas é eficaz. De tal sorte que, e apesar de achar que não está no ADN do Benfica jogar assim, ao olhar para este Benfica de Matic, Enzo Perez, Ola John, Gaitan e Salvio com o Lima na frente, vem-me logo à memória o Benfica campeão com o Italiano, com Petit, Manuel Fernandes, Simão, Nuno Assis, Geovanni e o Nuno Gomes na frente.

E consigo olhar para este Benfica a jogar em 4-2-3-1 e achá-lo muito melhor que o 4-2-3-1 do Trapattoni.

Vi nas caixas de comentários dos jornais da bola o pessoal a queixar-se do Benfica não ter jogado nada na segunda parte. O que eu vi foi o Benfica realista. Com o Cardozo lesionado e a jogar fora com uma equipa perigosa, Jesus foi realista. Estava a ganhar por dois (embora com sorte, mas a sorte também é isto e o Beto só furou as mãos porque alguém rematou), toca a reunir ao meio campo e controlar o jogo.

Não me parece mal que, se lá chegarmos assim, o Benfica vá jogar com este pragmatismo ao Dragão e recordando o épico jogo com o Sporting que praticamente decidiu o campeonato de 2005, não tragamos de lá uma vitória, e o campeonato, arrancados a ferros. Só nos falta o Mantorras...

E hoje... sou de Barcelos desde pequenino, quando me embeveci com o galo de loiça que a minha avó tinha em cima do televisor.

Sem comentários:

Enviar um comentário