sexta-feira, 3 de maio de 2013

GOOOOOOOOOLOOOOOOOOOO CARAAAAAAAAALHOOOOOOOOOOOOO, É GOOOOOOOOLOOOOOOO FOOOOOOODAAAAAA-SEEEEEEEEE. ÓSCAAAAAAAAAAR CARDOOOOOOZZOOOOOOOOOOOOOOO. GOOOOOOOLOOOOOOOOOOOOO!

Ver a bola.

Qual o sentido de estar sentado num sofá em frente a um ecrã plano a ver 22 marmanjos a correr atrás de uma esfera cheia de ar aos saltos durante 90' minutos? Ou ir para um recinto a céu aberto juntamente com mais 55.000 almas olhar para um rectângulo de relva onde 22 pontos antropomórficos se deslocam ao sabor caprichoso dos movimentos aleatórios de uma esfera que rola unicamente com o propósito de ser inserida dentro de um rectângulo de aço com uma rede atrás?

Ao fazer este levantamento fenomenológico literal, embora limitado, do que é assistir a um jogo de futebol, seja no estádio ou em casa, sem nenhum referencial que não seja a descrição pormenorizada dos eventos que estão ali naquele momento a decorrer, dificilmente se compreende porque é que de cada vez que essa esfera entra dentro daquele rectângulo, saída dos pés ou cabeça de um dos 11 pontos antropomórficos de cor diferente dos outros 11 que povoam o rectângulo verde, parte dos humanos que assistem a este evento, salta em berros desenfrados, de punho esticado, numa alegria incompreensível.

Mas se vestirmos 10 desses pontos antropomórficos de vermelho e branco e um todo de branco e lhe dermos o nome de Artur Moraes e aos outros Ezequel Garay, Anderson Luís da Silvo, Maximiliano Pereira, André Almeida, Nemanja Matic, Enzo Peréz, Nicolas Gaitán, Eduardo Salvio, Rodrigo Lima dos Santos e essencialmente Óscar "Tacuara" Cardozo, esses 11 responderem pelo nome de equipa titular de futebol do Sport Lisboa e Benfica e o recinto que as 55.000 almas estiverem a encher se chama Estádio da Luz e os outros em casa que estão a ver tudo se intitularem de benfiquistas, o jogo que estiverem a ver for a meia final da Liga Europa e o outrora ponto antropomórfico, que agora denominamos de Óscar "Tacuara" Cardozo, receber a bola de um outro de seu nome Anderson Luís da Silva, ou melhor, Luisão, e com o seu pé esquerdo marcar o golo que leva o Benfica de novo a uma final europeia 23 anos depois, então, o berro de

GOOOOOOOOOLOOOOOOOOOO CARAAAAAAAAALHOOOOOOOOOOOOO, É GOOOOOOOOLOOOOOOO FOOOOOOODAAAAAA-SEEEEEEEEE. ÓSCAAAAAAAAAAR CARDOOOOOOZZOOOOOOOOOOOOOOO. GOOOOOOOLOOOOOOOOOOOOO!

que a massa antropomórfica que segurava ontem um recipiente de vidro castanho com um líquido amarelo espumoso, que passamos a denominar Humberto Silva a beber uma mini, deu a ver ontem o Benfica, é o momento com maior clarividência e sentido que poderia existir.

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